Nosso cardápio

Sou adepto da idéia de que a boa comida é sempre feita com ingredientes frescos de fornecedores locais, assim sendo, boa parte do meu cardápio é dedicada a pratos com carne bovina já que dois dos maiores frigoríficos do Brasil estão localizados aqui em Barretos. O produto chega no restaurante apenas resfriado. É como comer peixe fresco na praia, só que aqui é filé em Barretos.

Filé a parmegiana

Filé ao poivre

Filé com ervas

Filé com legumes

Filé com manteiga de mostarda dijon

Casa nova, tudo novo

Como já disse, acabei dando uma reviravolta na minha vida para realizar o meu sonho. Pois bem, naquela época, três anos atrás, ainda não sabia se tudo iria dar certo ou não. Aluguei um prédio para montar o restaurante com um contrato de três anos.

Não que eu seja um cara pessimista, mas a conta é que 3 em cada 5 donos de restaurante abandonam o negócio nos três primeiros anos. Aquela coisa toda de trabalhar no final de semana e no feriado, virar escravo do negócio já que  dá muito trabalho quando está aberto e mais ainda quando está fechado! Sem hipocrisia, tá bom?! ADORO tudo isso! E quando me descobri, fiquei sem chão. A dona pediu o prédio.

Várias crises depois, resolvi que era hora de dar o próximo passo. Comprar um prédio próprio, fixar a minha marca e me dedicar de corpo e alma em trazer para as pessoas um pouco desta sensação que encontro no comer.

Parece fácil, não é! Foram seis meses de procura e mais cinco meses de reforma para que o casarão da rua 14 virasse o CAPIM restaurante. Vejam só...

Molho de tomate

Boa parte das pessoas que conheço reclama de fazer compras no supermercado. Comigo é o contrário. Uma das coisas que mais gosto nesta vida de chef é fazer as compras no supermercado, no mercadinho ou direto na horta. Coisa de interior. 


O meu preferido é escolher os tomates rasteiros bem vermelhos para fazer o molho fresco. Passo os tomates no mandolim e coloco na fervura com tomilho, manjericão, louro, orégano, salsa e alecrim.  O segredo fica por conta do açúcar orgânico que corta a acidez. A mágica fica por conta do calor que transforma a fruta fresca em molho denso e aromático. O cheiro toma conta da cozinha...


Este cheiro, não sei o porque, me faz lembrar os tomates que vi no mercado da Rue Cler em Paris. Se você foi em Paris e não deu uma parada na Rue Cler, então você não viu Paris como os locais. Ao contrário da maioria de nós brasileiros, o francês tem algo de cultural com  fazer compras no mercado e ter tudo sempre bem fresco e em pequena quantidade em casa. Esta rua sem tráfego de carros entre a Torre Eiffel e o Arco do Triunfo é uma verdadeira ode ao bem comer com vários mercadinhos e boulangeries.


Fica a dica!

Como tudo começou

Sempre gostei de comer bem. Com o tempo, percebi que gostava mais ainda das sensações que uma boa comida pode despertar nas pessoas. Foram muitas receitas feitas para a família e os amigos, além de 15 anos de viagens, cursos e workshops, para que o meu hobby pudesse então virar a minha profissão.

Na verdade, eu tinha uma loja de escapamento. Não por opção, mas aquelas coisas que vão acontecendo na vida sem que a gente pare para pensar. Meu pai abriu esta loja para mim quando ainda era adolescente e lá fiquei até que tive coragem de jogar tudo para o alto e começar do zero novamente.

Tive ajuda. A Renata, minha mulher, acabou largando de dar aulas na faculdade no segundo ano do restaurante para tomar conta da parte administrativa. Como muita gente deve saber, não se toca um restaurante sozinho!

Bem, agora que o CAPIM fez três anos, finalmente consigo ter um pouco mais de tempo para mim. Quero então dedicar este tempo para compartilhar um pouco da minha comida, das minhas viagens e dos meus pensamentos...